EUA confirmam novos ataques aos Houthis

Grupo que controla a parte ocidental do Iêmen tem lançado ataques a navios na entrada do Mar Vermelho desde novembro

  • Redação O Antagonista
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Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira, 19 de janeiro, que realizaram três novos ataques contra os Houthis no Iêmen.

O grupo terrorista, apoiado pelo Irã, controla a parte ocidental do país árabe e tem lançado ataques a navios na entrada do Mar Vermelho desde novembro.

Os alvos preparavam para lançar mísseis antinavio, informou o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

Reclassificados como terroristas

Nesta quarta-feira, 17, os Estados Unidos reclassificaram os Houthis como grupo terrorista.

Em comunicado, o Departamento de Estado dos EUA afirmou que os ataques “sem precedentes”realizados pelos Houthis contra militares americanos e navios comerciais que operam no Mar Vermelho e no Golfo de Áden se enquadram na definição clássica de terrorismo.

“Eles colocaram em perigo o pessoal dos EUA, os marinheiros civis e os nossos parceiros, comprometeram o comércio global e ameaçaram a liberdade de navegação. Os Estados Unidos e a comunidade internacional estiveram unidos na nossa resposta e na condenação destes ataques nos termos mais fortes”, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan.

Em resposta aos contínuos ataques contínuos dos Houthis, os Estados Unidos designaram o grupo iemenita como “terrorista global especialmente designado” (SDGT, na sigla em inglês).

“Esta designação é uma ferramenta importante para impedir o financiamento do terrorismo aos Houthis, restringir ainda mais o seu acesso aos mercados financeiros e responsabilizá-los por suas ações. Se os Houthis cessarem os seus ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, os Estados Unidos reavaliarão imediatamente esta designação”, disse Sullivan.

A designação SDGT entrará em vigor dentro de 30 dias. Dessa forma, a Casa Branca planeja garantir que sejam implementadas exceções humanitárias robustas, para que as sanções atinjam os Houthis e não o povo do Iêmen.

Houthis já atingiram navio americano?

Os Houthis realmente atingiram um navio americano no Golfo de Adem, na entrada para o Mar Vermelho, nesta segunda-feira, 15 de janeiro.

Não há feridos, segundo as autoridades das Forças Armadas americanas.

“O navio não reportou feridos nem dano significante, e está continuando sua rota”, afirmou o Comando Central das Forças Armadas.

O alvo foi um navio cargueiro, o Gibraltar Eagle, da companhia Eagle Bulk Shipping, sediada no estado americano de Connecticut.

“Todos os marítimos a bordo do navio estão ilesos”, diz a empresa em nota.

“A embarcação transporta uma carga de produtos siderúrgicos. A gestão da Eagle Bulk está em contato próximo com todas as autoridades relevantes sobre este assunto”, acrescenta.

Ofensiva britânico-americana

Os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram uma ofensiva contra os rebeldes Houthis, no Iêmen, na quinta-feira, 11 de janeiro.

Os ataques envolveram caças e mísseis de modelo Tomahawk.

Os Houthis são o principal grupo rebelde na guerra civil no Iêmen. Eles controlam quase toda a parte ocidental do país, no extremo sul da Península Arábica.

Esse foi o primeiro ataque aos rebeldes desde que eles começaram a atacar navios cargueiros na saída do Mar Vermelho no final de novembro.

Desde o dia 19 daquele mês, ocorreram 27 ataques dos rebeldes, o último realizado ainda nesta quinta.

Leia também: Houthis desafiam EUA e Israel com ataque inédito

A sequência de ataques dos houthis tem inviabilizado parte das rotas comerciais da região. Grandes empresas de navegação, como MSC e Maersk, suspenderam as operações na área, levando a uma queda de 14% no tráfego de petroleiros pelo Canal de Suez desde novembro.

Estes ataques no coração de uma das rotas marítimas mais importantes do mundo sinalizam uma escala com consequências que extrapolam a região.

Em dezembro de 2023, o confronto se intensificou quando o Maersk Hangzhou foi atacado. As forças de segurança do navio e helicópteros da Marinha dos EUA responderam prontamente, afundando três embarcações houthis, marcando a 22ª tentativa de ataque do grupo rebelde desde outubro. O Maersk Hangzhou, apesar de atingido por um míssil, continuou navegável, sem feridos.

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